A Suprema Corte dos EUA deu um passo importante nesta sexta (27) que pode abrir caminho pra uma das ideias mais polêmicas de Donald Trump: acabar com a cidadania automática pra filhos de estrangeiros que nascerem em solo americano, especialmente filhos de turistas e imigrantes ilegais.
O tribunal decidiu que juízes de primeira instância não têm poder pra tomar decisões que valem pro país inteiro em assuntos nacionais. Na prática, isso pode ajudar Trump a avançar com sua proposta. Mas vale lembrar: a decisão não bateu o martelo sobre se a regra da cidadania por nascimento vai mudar mesmo.
Mesmo sem resposta definitiva, Trump já comemorou nas redes, dizendo que foi uma "VITÓRIA GIGANTE". No Truth Social, ele soltou o verbo: “Até a farsa da cidadania por nascimento levou um golpe duro!”. E ainda elogiou membros do seu governo que ajudaram nessa batalha judicial.
🤰 O que está em jogo? Nos EUA, quem nasce no país é cidadão americano — mesmo que a mãe esteja lá ilegalmente. Esse direito está garantido pela 14ª Emenda da Constituição, criada depois da Guerra Civil. Só não vale pra filhos de diplomatas, inimigos em guerra, pessoas nascidas em navios estrangeiros ou de tribos indígenas soberanas.
Trump sempre foi contra isso e assinou, já no primeiro dia de governo, uma ordem executiva tentando limitar esse direito. Ele e seus aliados dizem que virar cidadão americano é algo sério demais pra ser automático — e que o país precisa de regras mais rígidas pra isso.
⚖️ E a Justiça nisso tudo? Vários estados, imigrantes e grupos de direitos humanos entraram na Justiça pra barrar a mudança. Os juízes, de forma unânime, tinham dado razão a esses grupos. Mas o Departamento de Justiça argumentou que juízes individuais não deviam ter poder de suspender leis no país inteiro.
Agora, com essa nova decisão da Suprema Corte, o governo pode ter mais liberdade pra testar a regra em estados onde ninguém entrou com processo — enquanto a batalha segue nos tribunais.
Ah, e só pra lembrar: os EUA estão entre uns 30 países que adotam o chamado "direito do solo" (jus soli), ou seja, nasceu ali, é cidadão. A maioria dos países com essa regra fica nas Américas — como Canadá e México.