A La Niña, fenômeno que geralmente deixa os verões mais frescos, vai ser bem fraquinha e durar pouco dessa vez. Com isso, o calor acima da média e as chuvas volumosas devem marcar o verão em Campinas (SP).

De acordo com Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri da Unicamp, a La Niña deve aparecer até janeiro de 2025 e acabar rapidinho já no outono. Ele explicou que, como essa La Niña vai ser leve, as temperaturas em janeiro devem ficar só meio grau acima do normal. Mas, pelo menos, não vai ter onda de calor pesada como rolou no começo de 2024.

Já sobre as chuvas, a previsão é de um pouco mais de água que o normal em fevereiro e março, mas em abril as chuvas devem ser mais fracas.

La Niña e El Niño: altos e baixos no clima A La Niña e o El Niño fazem parte do mesmo fenômeno, o ENOS (El-Niño Oscilação Sul), que acontece no Pacífico e mexe no clima do mundo todo. Eles funcionam meio que como um balanço, deixando as temperaturas ora mais altas, ora mais baixas que a média.

Bainy comentou que nos últimos anos a coisa foi bem intensa: entre 2020 e 2023, teve uma La Niña prolongada, que trouxe friozão e chuvas fortes na região, e depois veio um El Niño poderoso, marcado por calorão extremo.

Já em 2024, a situação foi mais "neutra", com temperaturas mais próximas do padrão na área do Pacífico Equatorial, o que indicou um verão mais dentro do esperado.

Mesmo assim, o meteorologista lembrou que no verão é comum ter chuva pesada: "Chuva na média no verão já significa episódios de pancadas intensas e volumosas, porque é assim que as chuvas dessa época do ano funcionam. Elas vêm junto com temporais ou aquela zona de convergência do Atlântico Sul, quando se forma aquele corredor de umidade e ficamos dias com chuvas fortes e frequentes", finalizou.