🐆 Onça-pintada que pode ter matado caseiro no Pantanal é levada para reabilitação perto de Campinas

Uma onça-pintada macho, de cerca de 9 anos, foi transferida para o interior de São Paulo, mais precisamente para o Instituto Ampara Animal, em Amparo, na região de Campinas. O felino está em processo de reabilitação e pode ser o mesmo envolvido na morte de um caseiro em Aquidauana (MS), no fim de abril.

🏥 Estado delicado

O animal chegou ao centro na quinta-feira (15) em estado crítico, com desidratação, problemas nos rins, fígado e estômago, e bem abaixo do peso. Desde que começou o tratamento, já deu uma bela recuperada: ganhou 13 kg, passando de 94 kg para 107 kg (o ideal para a espécie é cerca de 120 kg).

Antes disso, ele ficou alguns dias no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, mas os especialistas decidiram transferi-lo para Amparo, onde terá um suporte mais especializado. Agora ele integra o Programa Nacional de Conservação de Onças Pintadas.

🐾 Ligação com ataque

O felino é suspeito de ser o mesmo que atacou e matou Jorge Avalo, de 60 anos, um caseiro que trabalhava há 16 anos em um pesqueiro às margens do Rio Miranda, no Pantanal. Jorge já era acostumado com a presença das onças, mas, no dia 21 de abril, foi surpreendido por um ataque fatal.

A Polícia Militar Ambiental encontrou pegadas e partes do corpo da vítima no local. Outras partes estavam em uma toca próxima. O laudo confirmou que a morte foi causada por uma mordida de onça na cabeça. A onça foi capturada três dias depois, mas ainda não há confirmação oficial de que seja o mesmo animal.

🐾 Um novo lar (com cuidados)

Hoje, essa onça divide espaço com outras oito felinas no Instituto Ampara Animal: cinco pintadas e três pardas, além de vários outros bichos silvestres que, por algum motivo, não podem mais voltar à natureza — em geral, por causa de acidentes, más condições ou contato excessivo com humanos.


⚠️ A história lembra a importância de respeitar os limites entre seres humanos e animais selvagens — e mostra como a reabilitação pode dar uma nova chance até para os predadores mais temidos do Brasil.

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