EUA criticam flotilha de ajuda para Gaza: “Provocação desnecessária”

O Departamento de Estado dos EUA condenou a flotilha, que tinha o objetivo de romper o bloqueio israelense e levar ajuda a Gaza, como "uma provocação deliberada e desnecessária".

Os militares israelenses interceptaram dezenas de barcos que navegavam como parte da flotilha. Havia americanos a bordo das embarcações interceptadas.

Uma autoridade do Departamento de Estado disse que eles "levam a sério seu compromisso de ajudar os cidadãos americanos e estão monitorando a situação".

"Estamos atualmente focados em concretizar o plano do presidente Trump para encerrar a guerra, que foi universalmente acolhido como uma oportunidade histórica para uma paz duradoura", disse a autoridade.

Ao menos 12 brasileiros foram detidos por Israel

Ao menos 12 brasileiros, que estavam nas embarcações da Flotilha Global Sumud, interceptadas por Israel, foram detidos na quarta-feira (1º). Os barcos levavam ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, informou a organização.

O ativista brasileiro, Thiago Ávila, e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), estão entre os presos pelo governo israelense.

Na lista dos brasileiros detidos estão:

  • Thiago Ávila
  • Bruno Gilga
  • Lisiane Proença
  • Magno Costa
  • Mariana Conti
  • Nicolas Calabrese
  • Ariadne Telles
  • Mansur Peixoto
  • Gabriele Tolotti
  • Mohamad El Kadri
  • Lucas Gusmão
  • Luizianne Lins

Segundo a organização, o brasileiro João Aguiar estava a bordo de um veleiro atacado por Israel, após ação, o acesso às câmeras foi perdido. Embora o rastreador indique que o barco tenha alcançado as águas territoriais de Gaza, não houve mais sinais de navegação e, até o momento, não se sabe o paradeiro dele.

A flotilha afirma ainda que o sinal de Miguel de Castro também foi perdido e acredita-se que ele também tenha sido detido, mas não há confirmação.

A delegação brasileira é formada por 15 pessoas no total, além de Castro e Aguiar, o brasileiro Hassan Massoud estava em um dos barcos mas não está entre os detidos.

Mais de 500 participantes de dezenas de países estavam nas embarcações da organização, com o objetivo de entregar alimentos, água e remédios aos civis em Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou na quarta-feira (1º) que diversos navios foram “parados com segurança” e os passageiros seriam “transferidos para um porto israelense”.

“Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis”, escreveu a pasta em uma publicação na rede social X, referindo-se à ativista sueca Greta Thunberg, que pode ser vista sentada no chão cercada por militares em um vídeo que acompanha a postagem na mídia social.

O comboio partiu de Barcelona, ​​Espanha, em 31 de agosto e foi reforçado por outros navios ativistas à medida que se aproximava de Gaza.

Ativistas estrangeiros tentaram entregar ajuda humanitária a Gaza no passado, mas foram interceptados por forças israelenses ou sofreram algum tipo de ataque.

Outro navio de ajuda humanitária com destino a Gaza, transportando Thiago, Greta e outros ativistas da Coalizão Flotilha da Liberdade, foi interceptado por Israel em junho e os passageiros foram deportados.

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