Presidente americano prometeu aplicar elevação de impostos de 100% sobre os chineses.
A China sinalizou neste domingo (12) que não pretende recuar diante da possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor uma tarifa de 100% ao país. Em um comunicado, os chineses pediram aos americanos que as diferenças sejam resolvidas por meio de negociações, e não de ameaças.
– A posição da China é consistente. Não queremos uma guerra tarifária, mas não temos medo de uma.”
Foi o primeiro comentário oficial da China sobre a promessa de Trump de elevar o imposto sobre importações chinesas até 1° de novembro, em resposta às novas restrições impostas por Pequim à exportação de terras raras, que são vitais para uma ampla gama de produtos de consumo e militares.
A troca de acusações ameaça atrapalhar um possível encontro entre Trump e o líder chinês Xi Jinping e acabar com a trégua de uma guerra comercial que, em abril, chegou a ter tarifas acima de 100% dos dois lados.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump aumentou os impostos sobre as importações de muitos parceiros comerciais dos EUA, buscando obter concessões. A China tem sido um dos poucos países que não recuaram, contando com sua influência econômica.
Além da tarifa de 100%, Trump ameaçou impor controles de exportação sobre o que chamou de “software crítico”, sem especificar o que isso significa. Ambos os lados acusam o outro de violar o espírito da trégua ao impor novas restrições comerciais. Trump disse em uma postagem nas redes sociais que a China está “se tornando muito hostil” e que estaria mantendo o mundo refém ao restringir o acesso a terras raras.
O Ministério do Comércio chinês disse que os EUA introduziram várias novas restrições nas últimas semanas, incluindo a expansão do número de empresas chinesas sujeitas aos controles de exportação dos EUA. Sobre as terras raras, o ministério disse que as licenças de exportação seriam concedidas para usos civis legítimos, destacando que os minerais também têm aplicações militares.
A China responde por cerca de 70% da mineração mundial de terras raras e controla cerca de 90% de seu processamento global. O acesso ao material é um dos principais pontos de disputa nas negociações comerciais entre Washington e Pequim. Os minerais críticos estão presentes em diversos produtos, desde motores a jato, sistemas de radar e veículos elétricos até eletrônicos de consumo, como laptops e telefones.
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