Os Estados Unidos realizaram nesta semana os dois primeiros ataques contra barcos que estariam transportando drogas no Oceano Pacífico. Até então, só haviam sido feitas operações contra embarcações no Caribe.
Essa ação parece marcar uma expansão da campanha militar dos EUA, pois todos os sete ataques anteriores tinham como alvo barcos no Mar do Caribe.
Veja abaixo o que se sabe sobre esses ataques.
Quantos barcos foram atacados pelos EUA no Pacífico?
Até esta quinta-feira (23), havia registro de dois ataques dos Estados Unidos contra barcos no Oceano Pacífico.
Quantas pessoas foram mortas nesses ataques?
O primeiro foi realizado na noite de terça-feira (21). Segundo o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, duas pessoas foram mortas.
O segundo ataque foi na quarta-feira (22). Nesse caso, três pessoas morreram.
Com isso, o total de mortes em ataques no Pacífico chegou a cinco.
Os ataques aconteceram na costa de algum país?
Não, os dois ataques no Pacífico aconteceram quando os barcos já estavam em águas internacionais, de acordo com o governo dos EUA.
Qual a justificativa dos EUA?
Em ambos os casos, o governo dos Estados Unidos disse que os barcos eram operados por uma Organização Terrorista Designada, envolvidos no narcotráfico.
Segundo Hegseth, a inteligência americana sabia que as duas embarcações estavam "envolvidas no contrabando ilícito de narcóticos, transitavam por uma rota conhecida de narcotráfico e transportavam entorpecentes".
Ele não forneceu provas sobre essas acusações e não informou o nome do grupo que estaria envolvido no tráfico.
Por fim, o secretário de Defesa chamou essas organizações de "Al-Qaeda do nosso hemisfério".
Na quarta-feira, Donald Trump defendeu os ataques contra embarcações, assegurando que os EUA têm autoridade legal para isso.
EUA produziram parecer jurídico confidencial
O governo Trump produziu um parecer jurídico confidencial buscando justificar os ataques letais contra uma lista secreta e extensa de cartéis e supostos traficantes de drogas, informou a CNN.
Segundo avaliação de especialistas, o parecer é significativo, porque trata os traficantes de drogas como combatentes inimigos que podem ser sumariamente mortos sem qualquer tipo de revisão judicial.