Tarcísio dá apoio a Flávio, mas diz que direita terá mais nomes em 2026

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (4) que apoia a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Planalto, mas destacou que a direita deverá apresentar outros nomes competitivos na disputa de 2026.

As declarações foram dadas em entrevista coletiva após agenda na cidade de Diadema, na Grande São Paulo.

Tarcísio afirmou que conversou com Flávio na semana anterior e reforçou sua “lealdade” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que escolheu o filho para representar o partido na corrida presidencial. Segundo o governador, Flávio “vai contar” com o seu apoio e assumirá agora “uma grande responsabilidade” dentro da oposição.

Ao declarar apoio, Tarcísio ressaltou que o senador agora se junta a outros representantes da direita no pleito.

Ele citou nomes como Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás; e disse acreditar que “outros nomes vão aparecer”, mencionando também a possibilidade de Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, entrar na disputa.

Segundo o governador, esses possíveis candidatos são “extremamente qualificados” e deverão participar da construção de um plano de consenso para o país. Ele afirmou que o grupo precisa discutir “as razões do atraso do Brasil” e elaborar um plano que olhe para o longo prazo.

Tarcísio também fez uma série de críticas ao cenário político atual. Disse que o país vive um “problema de liderança” e que é necessário “reconectar a liderança com a sociedade”.

Criticou ainda o que chamou de “desarranjo institucional”, citando decisões do Judiciário que, segundo ele, têm impacto sobre as contas públicas.

O governador defendeu que o Brasil precisa retomar o planejamento estrutural, enfrentar desigualdades e fortalecer um Estado “com freios e contrapesos”, capaz de sustentar uma economia aberta, competitiva e inovadora.

Ele afirmou ainda que o país deve se preparar para uma “crise fiscal” que, segundo ele, “tem dia e hora para acontecer”.

Tarcísio concluiu dizendo que a oposição terá como missão “afastar o que está aí, que não deu certo” e que o objetivo é “devolver a esperança para o povo brasileiro” nas eleições do ano que vem.

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