Tarifaço: Lula discute tarifas com primeiro-ministro da Índia, após Estados Unidos imporem tarifas de 50% em vendas de petróleo russo. O presidente Donald Trump anunciou novas tarifas que afetarão países que comerciam com a Rússia se não houver um cessar-fogo na Ucrânia. A Índia foi o primeiro alvo dessas tarifas, que aumentam a tarifa de importação total para 50%, semelhante ao Brasil. As empresas americanas poderão pagar 100% de tarifa ao importarem produtos indianos. Trump afirmou que o comércio é uma maneira eficaz de resolver conflitos: "Usei o comércio para muitas coisas, mas ele é ótimo para resolver guerras". Essas tarifas secundárias visam reduzir a compra de petróleo russo, pressionando a economia russa e, consequentemente, sua capacidade de financiar a guerra na Ucrânia. Impacto global: A consultoria Capital Economics prevê que a interrupção do fluxo de combustíveis pode aumentar os preços de energia. No entanto, a Opec+ possui capacidade ociosa para atender a demanda. A Rússia, terceiro maior produtor de petróleo do mundo, já busca contornar sanções, usando mecanismos como a “frota-sombra” para ocultar a origem de suas exportações. Reação indiana: O governo indiano criticou as novas tarifas, acusando os EUA de "dois pesos, duas medidas", já que continuam a comprar produtos russos. As tarifas podem impactar diretamente o preço de iPhones, uma vez que a Apple fabrica grande parte de sua produção na Índia. As empresas tendem a repassar aumentos de custo para os consumidores. A China, principal importador de petróleo russo, pode enfrentar dificuldades ainda maiores se tarifas secundárias forem impostas. Sua relação comercial com os EUA é complexa e imensa. Economia russa: Apesar de resistência, a Rússia está "à beira da recessão", com um crescimento projetado de apenas 0,9% em 2025. Sanções bem-sucedidas podem amenizar a capacidade de Moscou financiar a guerra. O objetivo das tarifas de Trump é apoiar a Ucrânia e encerrar o conflito, reduzindo o fluxo financeiro para a Rússia.