Dólar bate recorde e chega a R$ 6,20, mas fecha em R$ 6,09

A terça-feira, 17, foi histórica para o mercado financeiro. O dólar atingiu pela primeira vez os R$ 6,20 no início do dia, mas encerrou a sessão em R$ 6,095, cravando um novo recorde de fechamento.

Por que subiu tanto? O avanço da moeda americana é reflexo direto da resposta do mercado ao pacote de corte de gastos enviado pelo governo Lula (PT) ao Congresso. A falta de confiança na eficácia do plano gerou mais pressão sobre o câmbio.

Pra tentar segurar o estrago, o Banco Central entrou em cena e realizou dois leilões extraordinários, despejando US$ 3,2 bilhões no mercado. A intervenção deu uma segurada: o dólar, que já estava nos R$ 6,20, caiu pra R$ 6,12, fechando o dia um pouco abaixo disso.

E o que tá pegando? Na segunda-feira (16), o dólar já tinha renovado o recorde ao fechar em R$ 6,08, impulsionado pela desconfiança em relação às medidas econômicas e pelo aumento da taxa básica de juros. Esse cenário misto de incertezas e juros altos tá deixando todo mundo de cabelo em pé.

Arthur Lira e a votação A pressão da moeda americana diminuiu um pouco quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), entrou no jogo. Ele afirmou que os deputados devem votar parte do pacote fiscal nesta quarta-feira, 18.

Mas Lira foi bem claro: não há garantia de nada. “Nós vamos votar, estamos discutindo e conversando. Não estou garantindo aprovação nem rejeição. A previsão é tratar disso amanhã, na sessão da tarde.”

Ou seja, o mercado segue no compasso de espera, e o dólar continua sendo termômetro da tensão econômica no Brasil.

0%