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O dólar deu um salto de mais de 2% e bateu R$ 6,11 nesta sexta-feira (29), logo depois do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentar um pacote de cortes nos gastos públicos. A moeda americana começou o dia em alta por causa do clima de incerteza com a economia do Brasil e das últimas decisões do governo.
Haddad anunciou na quinta-feira (28) um plano para cortar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026, com uma previsão de economizar R$ 327 bilhões até 2030. O pacote envolve mudanças em áreas como salário mínimo, aposentadoria de militares, programas sociais e emendas parlamentares. Apesar de o mercado já esperar algo do tipo, o valor inicial de R$ 70 bilhões até agradou no começo.
Mas o que azedou o clima foi a notícia de que quem ganha até R$ 5 mil por mês não vai mais pagar imposto de renda, uma medida que pode custar R$ 35 bilhões aos cofres públiAcos. Isso levantou dúvidas sobre se os cortes anunciados vão realmente equilibrar as contas. Haddad prometeu compensar esse rombo criando uma taxa maior para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, que pode chegar a 10%.
Além das preocupações com as contas públicas, o mercado também ficou de olho nos números de emprego do IBGE. A taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre até outubro, o menor nível já registrado na pesquisa PNAD Contínua.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, estava em queda, refletindo a cautela dos investidores. Às 10h15, o dólar subia 2%, valendo R$ 6,10, e chegou a bater R$ 6,11 no pico. Ontem, a moeda já tinha subido 1,3% e fechado a R$ 5,98, com máxima de R$ 6. Na semana, o dólar acumulou alta de 3,02%, no mês subiu 3,59%, e no ano já avançou impressionantes 23,42%.