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RÁDIO CAFÉ E PROSA A SUA RÁDIO EM TODO LUGAR!
O papo todo gira em torno do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, e de umas declarações polêmicas do chefão do Carrefour Global sobre a carne que vem daqui.
Na última terça (26), deputados franceses não pouparam palavras: chamaram a carne do Mercosul de "lixo". Mas, segundo especialistas e representantes do setor, essa visão tá longe de ser verdade, especialmente quando falamos do Brasil.
Os ataques rolaram durante uma votação simbólica sobre o tal acordo. Nessa sessão, os franceses alegaram que o gado do Mercosul é criado:
O deputado francês Vincent Trébuchet ainda mandou essa: "Nossos agricultores não querem morrer e nossos pratos não são lixeiras."
A galera do agro no Brasil, junto com pesquisadores, bateu de frente: "Tudo o que ele falou é falso ou mostra que ele não entende nada de como a comida é produzida aqui e lá fora. Ou, pior, quer só sujar a imagem do Brasil" — disse Bruno Lucchi, da CNA.
Os especialistas explicaram:
A treta ficou mais séria quando o presidente do Carrefour Global, Alexandre Bompard, pediu desculpas por também questionar a qualidade da carne do Mercosul. Antes disso, ele havia vetado a carne daqui nas lojas francesas da rede, levantando dúvidas sobre as exigências de qualidade.
Esse comentário pegou mal e gerou até boicote de fornecedores brasileiros às lojas do Carrefour por aqui. Depois, Bompard voltou atrás e disse que a carne brasileira é de primeira e segue todas as normas.
Enquanto na Europa o gado é mais criado em confinamento e come ração, no Brasil, a maioria é criada solta no pasto. Apenas uma pequena parte (18%) passa pelo sistema de confinamento antes do abate.
Em resumo, parece que tem muito exagero e desinformação nessas críticas. O Brasil segue regras internacionais e tem um sistema de fiscalização rígido. Quem sai perdendo com essa polêmica é a boa relação entre os blocos.