Um ano após o governo de Javier Milei assumir o comando, a Argentina deu sinais de recuperação econômica. O PIB do país cresceu 3,9% no terceiro trimestre em relação ao período anterior, marcando o fim da recessão iniciada no final de 2023.
Apesar do avanço trimestral, em comparação ao mesmo período do ano passado, o PIB ainda apresenta queda de 2,1%, de acordo com o Instituto Público de Estatísticas Argentino.
"Terapia de choque" que deu resultado O governo Milei adotou uma estratégia ousada logo no início de sua gestão: cortes drásticos nos gastos públicos, abertura comercial e desregulamentação da economia. Essa política, conhecida como "terapia de choque", derrubou a inflação de níveis de três dígitos para cerca de 2% ao mês, além de atrair de volta investimentos privados e estimular setores produtivos.
A recessão anterior foi agravada pela impressão excessiva de pesos e gastos públicos descontrolados nos governos passados, o que alimentou uma espiral inflacionária e afastou investidores.
Surpresa para o mercado Os resultados econômicos da Argentina têm surpreendido analistas. O J.P. Morgan, por exemplo, revisou suas projeções: embora ainda estime uma contração de 3% para a economia em 2024, já aposta em um crescimento de 5,2% em 2025.
Os títulos da dívida soberana argentina também melhoraram. O spread entre os papéis argentinos e os títulos públicos dos Estados Unidos caiu de 2 mil para 677 pontos-base desde que Milei assumiu.
Um futuro promissor? Embora o país ainda enfrente desafios significativos, os sinais de recuperação acendem uma luz no fim do túnel. A aposta agora é que as políticas de austeridade fiscal e abertura econômica mantenham a economia no caminho do crescimento. Para analistas e investidores, a Argentina está finalmente saindo da crise mais longa de sua história recente.