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RÁDIO CAFÉ E PROSA A SUA RÁDIO EM TODO LUGAR!
Olha só, galera, o cenário na Amazônia tá complicado! Até o comecinho de dezembro, foram mais de 137 mil focos de calor na região, incluindo queimadas controladas (ou nem tanto) e incêndios florestais. Esse número é o maior desde 2007, quando rolou o recorde de mais de 186 mil focos. Só pra ter uma ideia, em relação a 2023, o aumento foi de 43%.
A maior treta aconteceu entre julho e novembro, com números que passaram bem da média histórica. Setembro, por exemplo, fechou com 41.463 focos, quando o normal seria algo em torno de 32 mil.
Aqui vai um resumo de onde a coisa tá pegando mais fogo:
A Amazônia não tá preparada pra lidar com fogo, gente! É uma floresta superúmida, cheia de camadas de árvores que bloqueiam o vento e deixam tudo sombreado. Segundo o engenheiro florestal Alexandre Tetto, quando o fogo pega lá, o estrago é maior porque as árvores não têm proteção contra o fogo: casca fina, folhas frágeis... Já o Cerrado, por exemplo, até “curte” um fogaréu de vez em quando – é uma vegetação que já evoluiu se adaptando a isso.
Pra quem mora por lá, a situação tem sido pesada. Francisco Sakaguchi, um agricultor de Tomé-Açu, no Pará, cancelou uma palestra em Manaus pra salvar a propriedade dele do fogo. Ele conseguiu, mas os vizinhos, nem tanto. “Muita gente perdeu tudo, é desesperador. Só dá pra dar apoio moral”, contou ele em um vídeo para o TEDxAmazônia.
O Pará lidera disparado, com mais de 54 mil focos de calor. Os municípios mais afetados foram:
E o céu por lá? Cinza, cheio de fumaça das queimadas – consequência direta do desmatamento ilegal. Em cidades como Santarém, a qualidade do ar foi pro espaço (literalmente). De acordo com o Ministério Público Federal, a poluição do ar chegou a ser 42,8 vezes maior do que o recomendado pela OMS. E, entre setembro e novembro, mais de 6 mil pessoas procuraram atendimento médico por problemas respiratórios.
Na linha de frente, os brigadistas tão dando o sangue pra controlar os incêndios. Daniel Gutierrez, que faz parte da brigada voluntária de Alter do Chão, conta que o cenário tá fora do comum. “Esse ano foi o pior. Tem uma nuvem de fumaça que não sai do lugar. Nunca tinha visto nada assim em dez anos aqui”, relatou.
Ele também explicou que, mesmo com a vegetação seca, a maior parte das queimadas é provocada por ação humana. “Fogo natural na Amazônia, só quando cai raio. E, quando tem raio, tem chuva. Só vi isso acontecer uma vez, e foi exceção da exceção”, desabafou.
Em 2024, o clima não ajudou: vegetação seca, calorzão, ventos fortes e nada de chuva por longos períodos. Tudo isso criou um prato cheio pro fogo se espalhar.
Pra enfrentar esse cenário, o Pará reforçou o time com 40 novos bombeiros, 8 viaturas, abafadores e até helicópteros. Já o governo federal mobilizou 1.700 profissionais, além de aeronaves, viaturas e embarcações, numa força-tarefa que começou lá em janeiro de 2023.
Mas, ó, ainda falta coordenação: enquanto 30% do território do Pará tá sob responsabilidade estadual, os outros 70% são federais. Resultado? Precisa de todo mundo trabalhando junto pra dar conta dessa batalha contra as queimadas.
A situação é grave, mas o esforço coletivo pode fazer a diferença. Bora cuidar da nossa Amazônia! 🌳🔥