Impostos federais e estaduais vão pesar no bolso de quem compra em sites internacionais
Prepare o bolso! A partir de abril de 2025, quem curte fazer compras em sites internacionais como Shein e Shopee vai sentir o preço dos produtos disparar. O motivo? Uma combinação de impostos federais e estaduais que pode fazer o custo total chegar a 100% do valor do produto.
O ICMS, imposto estadual que atualmente é de 17%, vai subir para 20%, segundo o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz). Esse imposto é somado ao Imposto de Importação, que hoje é de 20% para compras de até US$ 50 e 60% para valores acima disso. No fim das contas, a conta vai dobrar.
Na prática, o que muda? Vamos simplificar: imagine um produto que custa R$ 300 antes dos impostos. Hoje, ele chega ao consumidor por aproximadamente R$ 433. Com as novas regras, o mesmo item vai custar R$ 450 ou até mais. Já para compras acima de US$ 50, a taxação total vai subir de 92,7% para 100%.
Por que estão fazendo isso? A ideia, segundo os defensores da medida, é proteger o comércio e a indústria nacionais da competição com produtos de fora. Só que, na prática, os Estados e municípios são os que mais se beneficiam com a arrecadação dos impostos.
Reação do mercado e dos consumidores De acordo com uma pesquisa da Plano CDE, 46% das pessoas das classes C, D e E não conseguem substituir os importados por produtos nacionais quando os preços sobem. Além disso, 55% dos entrevistados disseram que certos produtos só podem ser encontrados em sites internacionais, o que mostra uma dependência do mercado de fora.
As empresas também sentem o baque. Quem usa insumos importados para produzir no Brasil pode ver os custos de produção aumentarem, o que acaba refletindo nos preços para o consumidor.
A Shein, por exemplo, criticou a decisão e destacou que as mudanças dificultam o acesso a produtos baratos, principalmente para a parcela mais vulnerável da população.
Resumindo: comprar em sites internacionais vai ficar mais caro. Se você estava de olho naquela oferta, aproveite enquanto dá — porque a maré de impostos vem com tudo!