Trump e Zelensky se encontram em Roma antes do funeral do Papa Francisco

Casa Branca disse que o papo foi "bem produtivo", mas sem entrar em detalhes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniram neste sábado (26), em Roma, poucas horas antes do funeral do Papa Francisco.

De acordo com Steven Cheung, diretor de comunicações da Casa Branca, os dois líderes tiveram uma “conversa muito produtiva” — mas ninguém disse o que exatamente foi discutido. O encontro rolou no Vaticano, paralelo às homenagens ao Papa, e foi a primeira vez que eles se viram desde aquela treta no Salão Oval, em fevereiro, quando Trump deu uma bronca em Zelensky por, segundo ele, faltar gratidão pela ajuda americana na guerra contra a Rússia.

Antes do funeral, Trump já tinha mandado um recado público para Zelensky: cobrou que a Ucrânia fechasse “imediatamente” um acordo pra fornecer terras raras aos EUA — um negócio que, segundo Trump, já estava atrasado fazia três semanas.

Além de Trump e Zelensky, o funeral de Francisco também reuniu outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron. A chegada de Zelensky à Praça de São Pedro foi recebida com aplausos de parte do público.

Trump volta a criticar Zelensky

Na quarta-feira anterior, Trump atacou Zelensky nas redes sociais, depois que o presidente ucraniano reafirmou que não vai reconhecer a anexação da Crimeia pela Rússia. Trump achou essa fala “inflamatória” e disse que isso só atrapalha um possível acordo de paz.

Para o republicano, a Crimeia já era — foi perdida há anos — e nem deveria ser tema de discussão. "Declarações como essa do Zelensky tornam ainda mais difícil resolver essa guerra. Ele não tem nada do que se orgulhar!", disparou Trump na Truth Social.

Zelensky, por outro lado, reafirmou que a Ucrânia jamais aceitará o controle russo sobre a península tomada em 2014. "Isso vai contra a nossa Constituição", lembrou o presidente ucraniano.

Trump ainda alertou que Zelensky terá que escolher entre “paz ou mais três anos de guerra até perder o país inteiro”, reforçando que seu objetivo é “salvar 5.000 vidas de soldados russos e ucranianos por semana”.

Enquanto isso, o vice de Trump, J.D. Vance, declarou durante uma visita à Índia que os EUA vão sair das negociações se Ucrânia e Rússia não chegarem logo a um acordo de cessar-fogo. Segundo ele, a proposta americana inclui uma “troca de territórios”, congelando as linhas de frente do jeito que estão hoje.

0%