A prova da segunda fase do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista), aplicada no domingo (7), apresentou 24 questões de múltipla escolha para todos os candidatos, cobrindo as áreas de Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática.
Segundo a professora Vera Costa, coordenadora pedagógica do Objetivo, a avaliação foi amplamente marcada por sua adesão ao currículo do Ensino Médio e às diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), focando em temas clássicos e tradicionais em todas as disciplinas.
"A estrutura das questões manteve o formato tradicional da Unesp, com itens A e B, sendo o item A geralmente mais acessível e o item B exigindo um aprofundamento ou detalhamento maior do candidato, servindo como um diferencial na seleção", destaca Costa.
História e geografia
O bloco de ciências humanas iniciou com história que, na avaliação da especialista, apresentou uma prova "muito bem feita" e com uma "abordagem excelente".
Os temas foram amplamente reconhecíveis e tradicionais, abrangendo desde a segunda guerra mundial e a revolução industrial até a redemocratização (com uma charge) e a corte portuguesa no Brasil (com interpretação de imagem). “O conteúdo valorizou o conhecimento adquirido pelo aluno bem preparado no Ensino Médio”, enfatiza Vera.
A prova de Filosofia não incluiu questões de sociologia, mas trouxe temas clássicos e de alto nível, como a moral kantiana, a democracia de Platão e uma discussão sobre a democracia no mundo digital. “Embora tradicionais, as questões permitiram ao aluno preparado identificar os paradigmas filosóficos sem encontrar questões impossíveis de responder”.
Vera considerou a prova de geografia “muito bonita”, chamando atenção temas como o tradicional conflito entre Paquistão e Índia pela Caxemira, incluindo a dimensão do problema hídrico. A prova também abordou questões de grande relevância nacional, como o déficit habitacional, a regularização fundiária e a política pública habitacional, citando exemplos como o programa Minha Casa Minha Vida.
“Temas regionais e ambientais clássicos também estiveram presentes, como o efeito orográfico (Barlavento/Sotavento) na região da Borborema e a questão do ativismo com Chico Mendes, destacando a importância da criação das reservas extrativistas”.
Ciências da Natureza: Tradicionalismo e interdisciplinaridade
As questões de física seguiram o padrão tradicional, sempre com o item B mais trabalhoso. Os assuntos incluíram eletricidade (potência elétrica), energia mecânica, movimento circular e ótica geométrica, aplicados frequentemente a situações do cotidiano.
Em química, a prova foi abrangente, mas exigiu maior rigor. Embora a letra A em questões como a de eletrólise fosse acessível, a letra B era consideravelmente mais difícil. O exame também tocou na interdisciplinaridade com Biologia e apresentou questões complexas de função orgânica e cálculo de titulação em medicamentos, o que exigiu uma formação mais sólida do candidato.
A Biologia foi caracterizada como "clássica, tradicional e de ótimo nível", sem nenhuma polêmica. Os temas abordados foram o hormônio vegetal, a eutrofização (recorrente em vestibulares) e a reprodução do gameta feminino.
Matemática: trabalho com geometria e finanças
A matemática apresentou questões "bem interessantes", desde análise combinatória até a trabalhosa matemática financeira. O destaque da prova foi a questão de geometria espacial, que pedia o cálculo do volume de um tronco de pirâmide, utilizando referências históricas (papiro) e aplicando fórmulas atuais. Esta questão, número 22, foi classificada como "diferente" e "muito bem elaborada".
"Parabéns à Unesp, que conseguiu fazer uma prova tradicional, dentro do conhecimento do Ensino Médio, mas com dificuldades para poder selecionar seus futuros universitário A prova da segunda fase do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista), aplicada no domingo (7), apresentou 24 questões de múltipla escolha para todos os candidatos, cobrindo as áreas de ciências humanas, ciências da natureza e matemática.
Segundo a professora Vera Costa, coordenadora pedagógica do Objetivo, a avaliação foi amplamente marcada por sua adesão ao currículo do Ensino Médio e às diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), focando em temas clássicos e tradicionais em todas as disciplinas.
“A estrutura das questões manteve o formato tradicional da Unesp, com itens A e B, sendo o item A geralmente mais acessível e o item B exigindo um aprofundamento ou detalhamento maior do candidato, servindo como um diferencial na seleção”, destaca Costa.
História e geografia
O bloco de ciências humanas iniciou com história que, na avaliação da especialista, apresentou uma prova "muito bem feita" e com uma "abordagem excelente".
Os temas foram amplamente reconhecíveis e tradicionais, abrangendo desde a segunda guerra mundial e a revolução industrial até a redemocratização (com uma charge) e a corte portuguesa no Brasil (com interpretação de imagem). “O conteúdo valorizou o conhecimento adquirido pelo aluno bem preparado no ensino médio”, enfatiza Vera.
A prova de filosofia não incluiu questões de Sociologia, mas trouxe temas clássicos e de alto nível, como a moral kantiana, a democracia de Platão e uma discussão sobre a democracia no mundo digital. “Embora tradicionais, as questões permitiram ao aluno preparado identificar os paradigmas filosóficos sem encontrar questões impossíveis de responder”.
Vera considerou a prova de geografia “muito bonita”, chamando atenção temas como o tradicional conflito entre Paquistão e Índia pela Caxemira, incluindo a dimensão do problema hídrico. A prova também abordou questões de grande relevância nacional, como o déficit habitacional, a regularização fundiária e a política pública habitacional, citando exemplos como o programa Minha Casa Minha Vida.
“Temas regionais e ambientais clássicos também estiveram presentes, como o efeito orográfico (Barlavento/Sotavento) na região da Borborema e a questão do ativismo com Chico Mendes, destacando a importância da criação das reservas extrativistas”.
Ciências da Natureza: Tradicionalismo e interdisciplinaridade
As questões de física seguiram o padrão tradicional, sempre com o item B mais trabalhoso. Os assuntos incluíram eletricidade (potência elétrica), energia mecânica, movimento circular e ótica geométrica, aplicados frequentemente a situações do cotidiano.
Em química, a prova foi abrangente, mas exigiu maior rigor. Embora a letra A em questões como a de eletrólise fosse acessível, a letra B era consideravelmente mais difícil. O exame também tocou na interdisciplinaridade com biologia e apresentou questões complexas de função orgânica e cálculo de titulação em medicamentos, o que exigiu uma formação mais sólida do candidato.
A Biologia foi caracterizada como "clássica, tradicional e de ótimo nível", sem nenhuma polêmica. Os temas abordados foram o hormônio vegetal, a eutrofização (recorrente em vestibulares) e a reprodução do gameta feminino.
Matemática: trabalho com geometria e finanças
A matemática apresentou questões "bem interessantes", desde análise combinatória até a trabalhosa matemática financeira. O destaque da prova foi a questão de geometria espacial, que pedia o cálculo do volume de um tronco de pirâmide, utilizando referências históricas (papiro) e aplicando fórmulas atuais. Esta questão, número 22, foi classificada como "diferente" e "muito bem elaborada".
"Parabéns à Unesp, que conseguiu fazer uma prova tradicional, dentro do conhecimento do Ensino Médio, mas com dificuldades para poder selecionar seus futuros universitários”, celebrou a professora.
Em resumo, a prova da Unesp cumpriu seu papel de avaliar o conhecimento sólido do Ensino Médio, utilizando o item B das questões para elevar o nível de exigência e, assim, promover uma seleção de candidatos bem preparados.